Rota das Aldeias Vinhateiras

Um convite à descoberta …das Aldeias Vinhateiras do Douro, identidade duriense, relações com o território, diversidade cultural.

Representativas de uma organização social de senhorios, feitores e operariado rural que suportaram ao longo dos tempos a actividade económica principal da região – a cultura do vinho – , as Aldeias Vinhateiras do Douro são ainda a expressão da história da região onde igrejas, capelas e casas senhoriais, pertencentes à aristocracia vinhateira da região, convivem, harmoniosamente com edifícios de arquitectura popular.

Lançado em 2001, o programa das Aldeias Vinhateiras do Douro, tem como objectivo principal a criação de uma dinâmica de regeneração e valorização das aldeias do Douro Vinhateiro, através da revitalização sócio-económica, da fixação da população e do reforço da promoção turística. Dele fazem parte Barcos, Favaios, Provesende, Salzedas, Trevões e Ucanha.

Etapas da Rota: Rota das Aldeias Vinhateiras

1ª Etapa [Partida] - Provesende

Localizada a cerca de 8 km de Sabrosa, as suas origens remontam à época luso-romana, atingindo o seu opogeu durante o séc. XVIII, com o desenvolvimento económico em torno da cultura vinícola e com a chegada de algumas famílias nobres que aqui construíram as suas casas e quintas. Do seu património edificado destaca-se o conjunto urbano constituído por onze solares e casas brasonadas, a igreja paroquial, a capela de Santa Marinha, a Fonte Velha e o Pelourinho, marco da autonomia municipal que a povoação deteve até ao séc. XIX.

2ª Etapa - Favaios

Situada no planalto do sopé da Serra do Vilarelho, a 3 km de Alijó, a sua origem remonta da época romana. Fontes, capelas, igreja matriz, solares e vários marcos graníticos que delimitavam a antiga Região Demarcada do Douro são alguns dos bens patrimoniais desta povoação. A não perder é o percurso das padarias artesanais, onde se pode deliciar com o afamado pão cozido em forno de lenha, bem como uma visita à Adega Cooperativa e outras quintas, para assistir ao processo de vinificação e apreciar o conhecido moscatel.

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3ª Etapa - Trevões

Trevões está situada entre os vales do rio Távora e do rio Torto. Nesta povoação encontramos algumas estruturas medievais, como a igreja matriz e a fonte de Santo António, bem como um interessante conjunto de casas senhoriais e capelas de época moderna, do qual se destacam a Casa Caiado Ferrão e o solar do bispo D. Manuel de Vasconcelos Pereira. É uma terra de grande religiosidade, facto bem patente no grande número de capelas e ermidas que apresenta e na existência de ricas tradições e manifestações de índole religiosa.

4ª Etapa - Barcos

A sua origem remonta à Idade do Bronze, esta aldeia demarca-se na paisagem pelo seu conjunto urbanístico desenvolvido em torno da igreja matriz. A sua malha urbana é composta por edificações medievais, imponentes casas da época moderna e modestas casas de cariz vernacular e popular. Da época medieval destacam-se a igreja matriz de Barcos e o Santuário de Nª. Senhora de Sabroso. A antiga Casa da Colegiada, a Casa Magalhães Coutinho, a Casa da Roda e a antiga Casa Paroquial são belos exemplares de arquitectura dos séculos XVII e XVIII.

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5ª Etapa - Salzedas

Salzedas é um aglomerado urbano de origem antiga, situado junto ao rio Torno. Na génese da história desta povoação está o lugar a que hoje se dá o nome de Abadia Velha, próximo da aldeia vizinha de Ucanha, local de primitivo de fixação da ordem cisterciense. A povoação acabou por crescer em torno do actual mosteiro de Santa Maria de Salzedas, fundado no séc. XII com o patrocínio da corte de D. Afonso Henriques. Merece uma visita o pequeno bairro judeu, formado por ruelas estreitas e tortuosas, com edificações de gosto vernacular, localizado junto ao antigo mosteiro cistercience.

Postos de Informação

6ª Etapa - Ucanha

Localizada nas margens do rio Varosa será, segundo a tradição, a povoação mais antiga das redondezas. A fixação de povoamento ocorre durante a ocupação romana, época em que as terras férteis do vale do Varosa começam a ser exploradas agricolamente. Ainda hoje se pode ver uma das principais vias da romanização que conduzia a Lamego. Na época medieval os monges cistercienses instalam-se na zona e criam em Ucanha uma torre e ponte sobre o rio, local de cobrança de portagens do couto de Santa Maria de Salzedas. A povoação terá crescido em torno desta torre e ponte, ponto estratégico de paragem e negócio. Do seu património monumental destacam-se as ruínas da Abadia Velha e a Ponte Fortificada, estruturas medievais de origem cisterciense, bem como a igreja matriz e o pelourinho do séc. XVII.

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