Tendo por base a Comunicação aos Estados Membros de 14/4/2000, alínea 6 do ponto 1 “(...) a imagem geralmente muito positiva do Leader não se alterou, tendo-se mesmo desenvolvido a convicção de que o movimento iniciado em 1991 devia ser prosseguido e aprofundado. Com efeito avançar neste sentido torna-se mais desejável, porquanto as zonas rurais deverão proceder a determinados ajustamentos das respectivas estruturas sócio-económicas a fim de dar réplica aos desafios e constrangimentos decorrentes (...)”.

Deste modo conceber uma estratégia de intervenção que vise o desenvolvimento de um território pressupõe, em primeiro lugar, a definição de uma estratégia de actuação, com o estabelecimento de objectivos, que melhor se adeqúem a esse espaço e às necessidades do mesmo. Para além disso, todas as intervenções sobre esse território deverão ter objectivos que se inscrevam numa só estratégia devendo a mesma ser encarada acima de tudo numa perspectiva de continuidade.

A avaliação da análise SWOT efectuada, nomeadamente a identificação das fraquezas e potencialidades bem como os contactos com os diversos agentes quer públicos quer privados que actuam e interagem, permitiu conceber alguns pressupostos a ser tidos em conta na formulação da estratégia:
– Verifica-se que a zona apresenta alguma dinâmica constatando-se a existência de diversas iniciativas e intenções de investimento que devidamente apoiadas poderão ser implementadas
– Verifica-se que as diversas actuações e iniciativas manifestam alguma falta de ligação bastando para tal apenas a conjugação de esforços e interligação para potenciar os resultados das mesmas
– É fundamental que se inverta o processo de desqualificação humana, social e económica de toda a região, correndo-se o risco de perda definitiva de recursos e potencialidades necessários à inversão dessa situação, nomeadamente os recursos humanos e naturais
– Necessidade de fixar a população jovem e técnicos qualificados

Todos os meios, programas e projectos que ajudem a uma manutenção, valorização e transformação do mundo rural revelam-se de extrema importância.

Estratégia de desenvolvimento

A estratégia de intervenção para o Plano de Desenvolvimento Local do Leader + obedece e é complementar da estratégia geral definida, promovendo o desenvolvimento sustentado e integrado da região.

A estratégia de desenvolvimento definida para a Zona de Intervenção concentra-se num tema forte que norteará a implementação deste plano – MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA – com a consequente revitalização do mundo rural, valorizando o seu potencial endógeno e tendo em conta as potencialidades que os mercados locais podem e devem ter no crescimento económico e na criação de emprego.

Numa área onde o desemprego é dominante, e onde o conjunto de pequenos núcleos populacionais são eminentemente rurais com alguma indústria e comércio incipiente, é preciso criar condições de desenvolvimento para um melhor nível de vida e também para pôr cobro a situações de êxodo rural e emigração desorganizada e sem perspectivas.

Assim qualquer intervenção deverá visar e conciliar a preservação do seu património, natural e construído, e a fixação de populações humanas, que pretendem determinados padrões de vida.

A fixação de população, indo ao encontro das suas ansiedades, é necessária para que continue a haver agentes dinâmicos que procurem soluções para a sustentabilidade do desenvolvimento da zona. A preservação do património, seja ele de origem humana ou natural, necessita da presença de pessoa, que o valorizem e zelem pela sua protecção.

Qualquer estratégia de desenvolvimento jamais poderá ser vista de forma isolada e mais ainda quando se trata de uma estratégia de desenvolvimento rural daí que a cooperação com outros territórios rurais nacionais e europeus se afigura de primordial importância para uma estratégia preconizada. A experiência do saber feito é provavelmente a melhor conselheira na implementação de uma estratégia que se quer inovadora, sustentável e transferível.

Objectivos específicos e operacionais

Deste modo o Plano de Intervenção do Leader + tem em conta os seguintes objectivos específicos:

1. Reforço do sistema produtivo, valorização e diversificação da actividade económica local;
2. Preservação, valorização e conservação do meio ambiente;
3. Melhoria das condições de vida da população;

Estes objectivos serão prosseguidos através dos seguintes objectivos operacionais:
– Reforço da capacidade de iniciativa e de empreendimento empresarial e para a fixação da população jovem
– Incentivo e aproveitamento dos recursos endógenos com destaque para os produtos regionais certificados e os produtos de qualidade
– Reforço e dinamização do turismo rural em todas as suas componentes nomeadamente na inovação
– Valorização dos produtos locais, nomeadamente o vinho com o incremento do enoturismo
– Apoio às actividades tradicionais como sejam o artesanato, oficinas tradicionais e pequenas empresas, aperfeiçoamento técnico e melhores condições de trabalho e comercialização
– Reforço dos sectores secundários e terciário de forma a absorver a mão-de-obra excedentária das transformações que ocorrem no sector primário. No entanto as PME`s instaladas ou a instalar terão que ter como metas, a diversificação, o aperfeiçoamento técnico e a não poluição do ambiente natural
– Aproveitamento e valorização do potencial endógeno por parte do poder autárquico para por em marcha uma dinâmica de desenvolvimento
– Acções de educação ambiental e investimentos tendentes a um aproveitamento dos recursos e potencialidades existentes
– Desenvolvimento da promoção de actividades de turismo e lazer e ainda a protecção dos recursos e os arranjos paisagísticos
– Melhorar a organização e a promoção local e regional

A melhoria da qualidade de vida da população constitui a base fundamental para a criação de condições de enraizamento por parte da população local e inclusivamente para a própria atracção de recursos humanos do exterior. Assim pretende-se ainda:– Investimentos em equipamento de apoio, sociais e básicos, a sua reconstrução e/ou recuperação
– Valorização da vida rural, da história das aldeias e dos valores que encerram incentivando a vida comunitária e a quebra do isolamento das aldeias através de acções de animação e informação
– Conservação do património construído permitindo um maior conhecimento das vivências e um maior apego à história e à vida local
– Valorização do ambiente e do património rural e acções integradas de desenvolvimento agrícola e rural
– Promover o desenvolvimento sustentável dos sistemas ambientais abrangendo a conservação e valorização do património natural, a valorização e protecção dos recursos naturais, a informação, formação e gestão ambiental e a melhoria do ambiente rural.

Área Geográfica

Área Geográfica

A Zona de Intervenção da Associação do Douro Histórico situa-se na região Norte, na NUT III sub-região do Douro e Alto Trás-os-Montes numa área aproximada de 1441 Km2 distribuídos por 121 freguesias e com um total de 97.140 habitantes.

Concelho de Alijó
Alijo, Amieiro, Carlão, Casal de Loivos, Castedo, Cotas, Favaios, Pegarinhos, Pinhão, Pópulo, Ribalonga, Sanfins do Douro, Santa Eugénia, S. Mamede de Ribatua, Vale de Mendiz, Vila Chã, Vila Verde, Vilar de Maçada, Vilarinho de Cotas

Concelho de Mesão Frio
Barqueiros, Cidadelhe, Santa Cristina, S. Nicolau, Oliveira, Vila Jusã, Vila Marim

Concelho de Murça
Candedo, Carva, Fiolhoso, Jou, Murça, Noura, Palheiros, Valongo de Milhais, Vilares

Concelho de Peso da Régua
Canelas, Covelinhas, Fontelas, Galafura, Loureiro, Moura Morta, Poiares, Sedielos, Vilarinho dos Freires, Vinhós

Concelho de Sabrosa
Celeirós, Covas do Douro, Gouvães do Douro, Gouvinhas, Parada do Pinhão, Paradela de Guiães, Passos, Provesende, Sabrosa, S. Cristóvão do Douro, S. Lourenço de Ribapinhão, S. Martinho de Anta, Souto Maior, Torre do Pinhão, Vilarinho de S. Romão

Concelho de Santa Marta de Penaguião
Alvações do Corgo, Louredo, Cumeeira, Fontes, Fornelos, S. Miguel de Lobrigos, S. João de Lobrigos, Medrões, Sanhoane, Sever

Concelho de Vila Real
Abaças, Adoufe, Andrães, Arroios, Borbela, Campeã, Constantim, Ermida, Folhadela, Guiães, Justes, Lamares, Lamas de Olo, Mondrões, Mouços, Nogueira, Parada de Cunhos, Pena, Quinta, S. Tomé do Castelo, Torgueda, Vale de Nogueiras, Vila Cova, Vila Marim, Vilarinho de Samardã

Concelho de Tabuaço
Valença do Douro, Adorigo, Santa Leocádia, Barcos, Tabuaço, Desejosa

Concelho de S. João da Pesqueira
S. João da Pesqueira, Ervedosa do Douro, Soutelo do Douro, Nagozelo de Douro, Castanheiro do Sul

Concelho de Lamego
Parada do Bispo, Valdigem, Penajóia, Cambres, Samodães

Concelho de Armamar
Armamar, Folgosa, Fontelo, Vacalar, Vila Seca, Aldeias, Tões, S. Romão, Coura, S. Adrião

Estrutura do Plano de Desenvolvimento Local
Medida 1 – Investimentos
Sub-medida 1.1 – Investimentos em Infra-estruturas
Componente 1.1.1 – Preservação e Valorização do Espaço Rural
Componente 1.1.2 – Infra-estruturas Públicas de Apoio ao Turismo

Sub-medida 1.2 – Apoio às Actividades Produtivas
Componente 1.2.1 – Alojamento e Infra-estruturas Complementares de/e Animação Turística
Componente 1.2.2 – Rede de Enotecas
Componente 1.2.3 – Desenvolvimento e Valorização dos Produtos Locais
Componente 1.2.4 – Preservação e Valorização das Artes e Ofícios Tradicionais
Componente 1.2.5 – Modernização do Sector Empresarial

Sub-Medida 1.3 – Outras Acções Materiais
Componente 1.3.1 – Valorização do Património
Componente 1.3.2 – Revitalização das Actividades Sócio-culturais
Componente 1.3.3 – Protecção e Valorização Ambiental

Medida 2 – Acções Imateriais
Sub-Medida 2.2 – Outras Acções Imateriais
Componente 2.2.1 – Preservação e Valorização dos Usos e Costumes Tradicionais
Componente 2.2.2 – Acções de Promoção e Divulgação
Componente 2.2.3 – Acções Educativas/Formativas de Sensibilização Ambiental
Componente 2.2.4 – Implementação e Dinamização de Roteiros Temáticos

Medida 4 – Despesas de Funcionamento do GAL
Sub-Medida 4.1 – Recursos Humanos
Sub-Medida 4.2 – Informação e Publicidade
Sub-Medida 4.3 – Sistemas de Informação
Sub-Medida 4.4 – Avaliação
Sub-Medida 4.5 – Despesas de Funcionamento
Sub-Medida 4.6 – Equipamentos

Estrutura do Plano de Desenvolvimento Local

Medida 1 – Investimentos

Sub-medida 1.1 – Investimentos em Infra-estruturas
Componente 1.1.1 – Preservação e Valorização do Espaço Rural
Componente 1.1.2 – Infra-estruturas Públicas de Apoio ao Turismo

Sub-medida 1.2 – Apoio às Actividades Produtivas
Componente 1.2.1 – Alojamento e Infra-estruturas Complementares de/e Animação Turística
Componente 1.2.2 – Rede de Enotecas
Componente 1.2.3 – Desenvolvimento e Valorização dos Produtos Locais
Componente 1.2.4 – Preservação e Valorização das Artes e Ofícios Tradicionais
Componente 1.2.5 – Modernização do Sector Empresarial

Sub-Medida 1.3 – Outras Acções Materiais
Componente 1.3.1 – Valorização do Património
Componente 1.3.2 – Revitalização das Actividades Sócio-culturais
Componente 1.3.3 – Protecção e Valorização Ambiental

Medida 2 – Acções Imateriais
Sub-Medida 2.2 – Outras Acções Imateriais
Componente 2.2.1 – Preservação e Valorização dos Usos e Costumes Tradicionais
Componente 2.2.2 – Acções de Promoção e Divulgação
Componente 2.2.3 – Acções Educativas/Formativas de Sensibilização Ambiental
Componente 2.2.4 – Implementação e Dinamização de Roteiros Temáticos

Medida 4 – Despesas de Funcionamento do GAL
Sub-Medida 4.1 – Recursos Humanos
Sub-Medida 4.2 – Informação e Publicidade
Sub-Medida 4.3 – Sistemas de Informação
Sub-Medida 4.4 – Avaliação
Sub-Medida 4.5 – Despesas de Funcionamento
Sub-Medida 4.6 – Equipamentos

Plano Financeiro Global

Tam.: 57 kb  |  Formato: DOC

Projectos Aprovados

Tam.: 416,5 kb  |  Formato: DOC

Outras Iniciativas

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Iniciativa Comunitária Leader I

Criada em 1991 pela Comissão Europeia a Iniciativa Comunitária Leader (Ligação entre Acções de Desenvolvimento e Economia Rural), introduziu em Portugal uma nova prática nas iniciativas de desenvolvimento rural. A concepção e implementação, ao nível

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Iniciativa Comunitária Leader II

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