A Carta Europeia do Turismo Sustentável para as Áreas Protegidas (CETS) é um método para a implementação de princípios de turismo sustentável nas Áreas Protegidas (AP).
Pretende orientar as áreas protegidas e as empresas turísticas na definição da sua estratégia de turismo sustentável, de uma forma participativa e ao mesmo tempo constituir uma marca de qualidade para valorizar as melhorias feitas por ambos, o destino turístico como um todo e as empresas a título individual
CETS-PNAL (Parque natural do Alvão)
No caso específico da Área Protegida incluída na Zona de Intervenção do Douro Histórico, decidiu-se apresentar uma candidatura, juntamente com outros territórios do Norte, que servisse de guião para a sistematização de actividades, que envolvem não só as acções que dizem respeito à elaboração das CETS, mas também outras em que as Equipas Técnicas Locais estão envolvidas.
Estas acções são alcançadas, sempre com o objectivo de obtenção da referida Carta, através de reuniões (fóruns) quer com os agentes económicos, quer com os responsáveis institucionais representativos do território. Nestes fóruns foram apresentados os trabalhos produzidos pela Equipa Técnica Local (ETL) para avaliação e consequente validação, sendo estes referentes ao território (Vila Real e Mondim de Basto) os seguintes:
– Diagnóstico
– Estratégia
– Plano de Acção
Existiram também, além das reuniões de trabalho da ETL, diversas reuniões concelhias com todos os agentes envolvidos no processo, para auscultação e recolha de opinião.
Neste sentido e com o objectivo de alcançar tão prestigiosa certificação, o ICN-B (Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade) apresentou um projecto ao PO-Norte através da CCDR-N , envolvendo 4 Áreas Protegidas e 4 ADLs (Associações de Desenvolvimento Local) para 4 territórios da Região Norte:
Parque Nacional Peneda do Gerês – ADERE-PG
Parque Natural de Montesinho – CORANE
Parque Natural do Douro Internacional – DOURO SUPERIOR
Parque Natural do Alvão – DOURO HISTÓRICO
O parceiro Douro Histórico, responsável em articulação com o Parque PNAL pela operacionalização da Acção 3 – Constituição e implementação do Fórum da Carta do PNAL, desenvolveu todos os esforços para a prossecução deste objectivo comum.
A certificação final é atribuída pela Federação Europarc, órgão europeu responsável pela implementação, validação e verificação das CETS.
Princípios e Objectivos Fundamentais das CETS:
1 – Reconhecer as Áreas Protegidas da Europa como parte integrante da nossa herança que deve ser preservada para, e desfrutada por, a presente e futura gerações;
2- Desenvolver e gerir o turismo nas AP de uma forma sustentável, tendo em conta as necessidades ambientais, das empresas e populações locais e dos visitantes;
3- Envolver todos os que estão directamente implicados no turismo, no seu desenvolvimento e gestão, dentro e ao redor da AP;
4- Elaborar um diagnóstico, preparar e implementar uma estratégia sustentável e um plano de acção para a AP;
5- Proporcionar aos visitantes uma experiência de alta qualidade em todas as facetas da sua visita;
6- Estimular a utilização de produtos turísticos específicos que permitam a descoberta e a compreensão do território;
7- Comunicar com eficácia aos visitantes as qualidades especiais do território;
8- Aumentar o conhecimento sobre a AP e o tema da sustentabilidade entre todos os que estão envolvidos no turismo;
9- Assegurar que o turismo reforce e não reduza a qualidade de vida das populações locais;
10- Proteger e realçar o património natural e cultural do território, para e através do turismo;
11- Aumentar os benefícios do turismo para a economia local;
12- Monitorizar e influir no fluxo de visitantes para reduzir os impactos negativos.
Vantagens:
– A Carta é o melhor sistema disponível de uma Marca de Qualidade Turística (MQT) que podemos utilizar numa AP porque foi especialmente desenvolvida para nós, por nós e connosco (serviços de áreas protegidas);
– Proporciona um “chapéu de chuva” comum de uma Marca de Qualidade Turística para todas as iniciativas dentro de cada parque e em todas as Áreas Protegidas da Europa;
– Desta forma, cria-se uma marca de qualidade reconhecível e forte dentro da rede de Áreas Protegidas da Europa;
– Primeiro, com um estudo piloto em 10 parques, e agora com 7 parques concessionários em 2001 e 6 novos candidatos, a Carta está a fazer o seu próprio caminho, comprovando que é um instrumento válido que necessita todos os dias do compromisso das partes envolvidas.
– Localmente:
Área Protegida: uma marca de qualidade, trabalhar em partenariado , uso monitorizado dos recursos naturais, uma melhor consciência pública, melhores possibilidades para solicitar fundos
Agentes de Turismo: uma marca de qualidade, novas oportunidades comerciais, melhoria da qualidade da oferta turística, maior grau de satisfação dos clientes, racionalização de gastos
Outros Agentes Locais: uma marca de qualidade, novas oportunidades económicas, integração de actuações públicas, melhoria da oferta cultural e social, melhoria da qualidade de vida
Parceiros
No território existem ainda outras entidades públicas e privadas, com responsabilidade directa e indirecta, representativas do desenvolvimento local, da administração pública local, do turismo, do comércio e industria, serviços, formação e ensino. Destas, e para além do Douro Histórico, algumas fazem parte da Equipa Técnica Local, a saber:
-Associação do Douro Histórico
-Associação PROBASTO
-Nervir – Associação Empresarial
-Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
-Região de Turismo da Serra do Marão
-Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte
-Câmara Municipal de Vila Real
-Câmara Municipal de Mondim de Basto
-Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF) /Circunscrição Florestal do Norte
-Associação Parques com Vida
-Associação Comercial e Industrial de Vila Real (ACVIR)
-Núcleo Empresarial de Mondim de Basto